Quer procurar melhor?

Muitas páginas com informações adicionais estão acessíveis a partir de outras páginas. Têm informações sobre assuntos específicos e algumas apenas se encontram por navegação a partir de uma única outra página.

Neste índice estão todas as páginas do Projecto Candeeira Verde.

Apenas não estão aqui listadas as páginas ‘gerais’ com a descrição do projecto (início, desenvolvimento e resultado). Essas estão acessíveis a partir do rodapé das páginas e a partir da homepage.

São as outras, mais pequenas, com informações adicionais e específicas…

No final desta página listamos as referências bibliográficas mencionadas nas páginas do projecto.

O Projecto Candeeira Verde tem uma componente prática e exequível. No entanto baseia-se em estudos científicos e em trabalhos e orientações técnicas publicados por entidades de reconhecido mérito.

O cariz inovador do projecto respeita apenas à aplicação no espaço da Serra da Estrela de técnicas já habituais; a análise palinológica do passado da vegetação, e o seu apoio na técnica do Carbono-14 já é utilizada há mais de 50 anos e a sua aplicação ao caso da Serra da Estrela (década de 1980) já definiu uma imagem bastante pormenorizada da evolução da sua vegetação. A construção de represas de água nos ribeiros é prática habitual há milhões de anos (os primeiros fósseis de castores têm 10 a 12 milhões de anos) e a sua imitação por humanos foi experimentada por franceses desde finais do século XIX, há ca. 150 anos, portanto. A sistematização do método e a sua utilidade e necessidade ecológica foi estabelecida pela escola da Universidade de Utah, EUA.

O passado florestal, o isolamento relativo e a aptidão para a reflorestação, tormam este vale no local ideal para um ‘projecto-piloto’ de reflorestação ecológica.

Em todos os trabalhos integrantes deste projecto, desde a selecção de espécies a plantar e cada local, à estabilização do antigo caminho de acesso e a instalação de represas de água para suster as cheias e recarregar o aquífero, tudo tem uma jusfificação técnica ou científica. Juntamos no final desta página a documentação referenciada ao longo das páginas do projecto, a fim de facilitar a sua identificação e consulta. São geralmente artigos científicos e manuais técnicos publicados em revistas ou nos sítos das entidades responsáveis, tais como Serviços Florestais Norteamericanos, Comissão Europeia ou Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, ICNF).

  • Quando desequilibramos a Natureza, um dos primeiros sítios onde se nota é nos cursos de água: é dos locais onde as alterações mais rapidamente se fazem sentir.

    O desequilíbrio nota-se rapidamente nos ribeiros e nas linhas de água, quando começa a escavar no seu leito, a entalhar um sulco mais concentrado.

    A forma mais expedita, mais versátil e mais acertada de corrigir estes desequilíbrios, é segurando a água com ‘imitações das represas de castores’ (Beaver Dam Analogue) um animal que o fazia por nós, mas que foi extinto, em Portugal, há séculos…

  • O método de datação por ‘carbono-14’: como funciona, para que serve e quais as suas limitações.

  • O gelo desempenha um papel fundamental nas montanhas, no seu presente e no seu passado e no nosso entendimento desse passado.

    Através do gelo conseguimos descobrir como foi o ambiente, há milhares de anos.

    Como passa a neve de uma ‘coisa leve e fôfa’ para uma coisa dura e fria que consegue arrastar montanhas? E como se consegue decifrar o passado?

  • Nesta página explica-se em mais pormenor o faseamento dos trabalhos de instalação das represas de água.

    Com exemplos em fotografias tiradas no terreno, explica-se onde e quando.

  • Uma breve explicação de como se fazem mapas para representar o ambiente natural e humano sobre a Terra.

    Esta página dá acesso aos mapas utilizados para gerir e acompanhar os trabalhos de localização das represas de água e os trabalhos de classificação da aptidão do solo, a selecção e plantação de árvores.

  • O Projecto ‘Candeeira Verde’ centra-se na devolução do habitat florestal ao Vale da Candeeira.

    Nesta página explicamos a metodologia mais correcta para assegurar a sobrevivência na plantação, das árvores que serão o futuro da Serra da Estrela.

  • O êxito do projecto depende da sobrevivência das plantas. Há que adaptar a selecção da espécie às condições da cada local.

    Nesta página apresentamos o sistema de interligação entre as características das espécies a plantar e as condições do solo. Uma forma objectiva, versátil e padronizada para assegurar a planta certa no local certo.

  • A melhor forma de ‘fazer turismo’ e de usufruír de áreas naturais ou ‘selvagens’ é caminhando. Nesta página apresentamos uma forma recente e ainda pouco explorada de aproveitar melhor as serras.

    Há quem lhe chame ‘alternativa ao turismo’ - gostávamos que esta fosse a norma e as outras fossem alternativas ;-)

  • A questão nuclear de todo o processo e do projecto.

    ‘Reflorestar’, ‘plantar árvores’, ‘arborizar’ - quase-sinónimos, mas só quase. Qual a diferença?

  • Fazemos aqui, pela descrição visual, a recriação de duas fotografias tiradas ao Vale da Candeeira.

    Uma de há 16.000 anos, quando um glaciar estava ainda presente, a fundir-se rápidamente do vale.

    Outra do tempo em que o vale estava coberto por uma imensa floresta, há 7.800 anos, antes de qualquer interferência humana.

  • Comparamos o presente com o passado, mas só com o passado de que nos lembramos!

    Todas as alterações ao ambiente que ocorreram antes de as termos visto, descartamos, na comparação com o presente.

    Isso é normal é até tem uma designação científica.

    Vamos decifrar esse fenómeno e as alterações que pode esconder.

  • As plantas têm folhas.

    Algumas têm agulhas. Algumas folhas ficam castanhas e são largadas no Outono.

    Tudo são adaptações que servem um propósito na Natureza. Vamos explicar melhor esses fenómenos, nesta página.

Pode-se consultar aqui a lista de documentação científica e técnica utilizada na preparação e execução do Projecto.

As publicações disponíveis nos sítios das entidades responsáveis, têm os endereços/referências indicadas.

Alcaraz-Castaño, M., et al. (2021): First modern human settlement recorded in the Iberian hinterland occurred during Heinrich Stadial 2 within harsh environmental conditions. Nature (11) 15161, 1-24. Scientific Reports.

Connor, S.E., Araújo, J., v.d.Knaap, W., v.Leeuwen, J., (2012): A long-term perspective on biomass burning in the Serra da Estrela, Portugal. Quaternary Science Review, Vol. 55, p. 114-124. Elsevier.

Díaz-Maroto, I., Vila-Lameiro, P., Guchu, E., Díaz-Maroto, M. (2007): A comparison of the autecology of Quercus robur L. and Q. pyrenaica Wild.: present habitat in Galicia, NW Spain. Forestry, Vol. 80, N.º 3, p. 223-239.

https://academic.oup.com/forestry/article/80/3/223/544377

Figueiredo da Costa, C. A., (2015): Turismo na Serra da Estrela - Impactos, transformações recentes e caminhos para o futuro. Tese de Doutoramento, Universidade de Coimbra. 834p.

Houston Durrant, T., de Rigo, D., Caudullo, G., (2016): Fagus sylvatica and other beeches in Europe: distribution, habitat, usage and threats. In: San-Miguel-Ayanz, J., de Rigo, D., Caudullo, G., Houston-Durrant, T., Mauri, A. (Eds.), European Atlas of Forest Tree Species. Publ. Off. EU, Luxembourg, pp. e012b90+

v.d. Knaap, W.O., v. Leeuwen, J., (1994): Holocene vegetation, Human Impact and Climatic Change in the Serra da Estrela, Portugal. Dissertationes Botanicæ, Vol. 234. p. 497-535. A. F. Lotter & B. Ammann (eds.).

v.d. Knaap, W.O., v. Leeuwen, J., (1995): Holocene vegetation succession and degradation as responses to climatic change and human activity in the Serra de Estrela, Portugal. Review of Paleobotany and Palynology, Vol. 89, p. 153-211. Elsevier.

v.d. Knaap, W. O., v Leeuwen, J. (1997): Late Glacial and early Holocene vegetation succession, altitudinal vegetation zonation, and climatic change in the Serra da Estrela, Portugal. Review of Paleobotany and Palynology. Vol. 97, p. 239-285. Elsevier.

NGRIP-members (2004): High-resolution record of Northern Hemisphere climate extending into the last interglacial period. Nature 2805-10/8/2004 doi:10.1038/nature02805

National Park Service - U.S. Department of the Interior (1996): North Country National Scenic Trail. A Handbook for Trail Design, Construction and Maintenance. 108 pp.

Oliveira, C., Tereso, J. P., (2020): Dinâmicas de vegetação no final do Pleistocénico e início do Holocénico no actual território português. In: Arqueologia & História 13ª Sér., Vol. 70, p. 133-146. Associação dos Arqueólogos Portugueses, Eds.

Parrenin, F., et al., (2007): The EDC3 chronology for the EPICA dome C ice core, Climate of the Past 3(3):485-497.

Pinho, J., Santos, C., Sampaio, G., (2020): Árvores indígenas em Portugal Continental (Guia de utilização). 42 p., ICNF, Portugal. https://www.icnf.pt/api/file/doc/adcdbb835d1a032a

Pollock, M., Weaton, J., et. al. (2014): Using Beaver Dams to restore incised stream Ecosystems. Bioscience XX, 1-12. Oxford University Press, Ed.

Rasmussen, S., et al. (2006): A new Greenland ice core chronology for the last glacial termination. Journal of Geophysical Research, Vol 111, D6.

Ramil-Rego, P., Rodríguez Guitián, M., Sobrino, C., Gómez-Orellana, L. (2000): Some considerations about the postglacial history and recent distribution of Fagus sylvatica in the NW Iberian Peninsula. Folia Geobotanica, Vol. 35, p. 241-271.

Reimer, Paula J., et al. (2020): The IntCal20 Northern Hemisphere Radiocarbon Age Calibration Curve (0–55 cal kBP). Radiocarbon, 62 (4), 725-757. Cambridge University Press. doi:10.1017/RDC.2020.41

https://intcal.org/index.html

de Rigo, D., Caudullo, G., Houston Durrant, T., San-Miguel-Ayanz, J., (2016): The European Atlas of Forest Tree Species: modelling, data and information on forest tree species. In: San-Miguel-Ayanz, J., de Rigo, D., Caudullo, G., Houston Durrant, T., Mauri, A. (Eds.), European Atlas of Forest Tree Species. Publ. Off. EU, Luxembourg, pp. e01aa69+

https://forest.jrc.ec.europa.eu/en/european-atlas/

Wheaton J.M., Bennett S.N., Bouwes, N., Maestas J.D. and Shahverdian S.M. (Editors). 2019. Low-Tech Process-Based Restoration of Riverscapes: Design Manual. Version 1.0. Utah State University Restoration Consortium. Logan, Utah.

http://lowtechpbr.restoration.usu.edu/manual

Os nossos patrocinadores

Todas as estacas utilizadas na instalação de represas de água no Ribeiro da Candeeira foram gentilmente cedidas pela SOBAGRIL, Serração, Imp. e Exp. de Madeiras.

Uma pequena parcela da horta por cima do restaurante foi gentilmente cedida para viveiro de árvores.